sábado, 11 de abril de 2009

Algumas coisinhas

Só alguns poemas que escrevi:

Piada pro inglês ver

Brasileiro se joga do Empire State
-Ah, como eu queria que o outono acabasse!

A Sopa

Imagino uma grande sopa humana,
[simplesmente um caldo de gentes,
[concentrado, homogêneo, sem forma definida,
[todas as almas se nutrindo com
[pensamentos, memórias, emoções;
[um líquido sem fases segregadas,
[sem conflitos entre sabores,
[sem ingredientes que temem se misturar;
[um líquido
Um líquido só

Sem definição

Sem ação

Sem vida

Sem

A sopa esfria e endurece
Suas porções se tornam várias pequenas carninhas
Alguém recolhe, ingere, degusta-as
São mais difíceis de mastigar
Mas bem mais saborosas

Poema escrito em alguma bela tarde de terça-feira, num certo Shopping Leblon, depois de pegar carona com um simpático músico, ter mais de seis horas de aulas + Projeto UERJ com o venerável Professor e madeireiro Leon, o Castor, enquanto esperava por quarenta minutos com um analista

Aos Modernos

Obrigado
Obrigado por nos aliviarem
Da mão-de-ferro dos monarcas tirânicos
Do peso da cruz do castigo sádico
Do terror das trevas da ignorância

Obrigado
Obrigado por nos mostrarem
Que todo homem é igual
Que ninguém pode ser dono de ninguém
Que o respeito ao diferente é essencial

Obrigado
Obrigado por tornarem
Nossos valores tão vazios
Nossa felicidade tão fugaz
Nossas vidas tão insípidas

OBRIGADO


Hora de dar tchau!

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